Publicado em: 12 de março de 2015.
Responsáveis pela manutenção dizem que faltam recursos para dívidas. Prefeitura arca com parte dos custos e o restante é de doações.
Os moradores da região sudeste de Divinópolis estão preocupados com o risco de fechamento da Organização Não Governamental (ONG) Vila de Nazaré. O motivo é a falta de recursos para pagar uma dívida e ainda manter a instituição. A reportagem foi sugerida durante o projeto ‘Pauta Aberta’, da TV Integração, afiliada da Rede Globo, realizado no Bairro Santa Rosa.
A Vila de Nazaré foi fundada há mais de 30 anos. O local emprega 14 pessoas, seis delas custeadas pela Prefeitura de Divinópolis. O restante é pago pela instituição, que sobrevive graças a doações. A vila tem aproximadamente 3.500 doadores, o problema é que não são todos frequentes. Ou seja, não colaboram todo mês. Por causa disso, as dívidas estão cada vez maiores e a instituição pode fechar as portas.
Na ONG as crianças recebem toda a atenção quando não estão na escola. Elas ganham alimentação, participam de brincadeiras e também de oficinas educacionais. “Eles chegam por volta das 7h, têm o café e iniciam as atividades de recreação, esporte, arte e artesanato. Às 9h30 eles têm o banho e às 11h eles recebem o almoço”, contou a coordenadora social, Fernanda Maria Ferreira.
Segundo o presidente voluntário da ONG, José Maria de Azevedo, a dívida que mais preocupa é uma de R$ 25 mil. O dinheiro foi gasto para cobrir a casa. “Temos funcionários, despesas altas e o que pode ocorrer é que vamos ter que paralisar os serviços para quitarmos estas contas e terei que arcar com a despesa. Não tem outro jeito, senão vamos fechar e atingir 70 crianças que não terão mais os serviços”, afirmou.
Quem tem filhos que são atendidos pela instituição afirma estar preocupado. Este é o caso da cabeleireira Jordânia Paulina Sousa de Paula, que tem três filhos atendidos pela ONG. Ela comentou que trabalha todo dia e que caso a Vila de Nazaré feche muitas mães terão dificuldades. “Há nove anos que meus filhos ficam aqui. O meu filho mais velho saiu encaminhado para o mercado de trabalho e o do meio aprendeu pintura. Preciso trabalhar e não tenho onde deixar as crianças. Caso aconteça o fechamento, os pais não vão estar preparados para o impacto”, concluiu.
Fonte: G1 Centro-Oeste MG